ESG é uma sigla proveniente do termo em inglês “Environmental, Social and Governance” e diz respeito a critérios ambientais, sociais e de governança corporativa colocados em prática e mensurados pelas empresas.
Essas três letras praticamente substituíram a palavra sustentabilidade no universo corporativo. Mas, afinal, do que se trata esse novo conceito?
Para ser ESG, a empresa precisa estar preocupada com a preservação do planeta. Proteger recursos naturais, reduzir a emissão de poluentes e preservar o meio ambiente são alguns dos pré-requisitos para que a empresa seja considerada ESG.
Executivos de empresas de diferentes setores no Brasil discutiram os pilares estratégicos do ESG e deram origem a um documento publicado pela KPMG e Amcham. Os resultados das análises, elaborados a partir de dúvidas, desafios e aprendizados, foram sintetizados em 6 pilares estratégicos para os gestores que atuam com ESG:
1- Business transformation:
Envolve executar mudanças fundamentais na forma como negócios são realizados com o objetivo de moldar a organização ao mercado em constante transformação. Cada vez mais a informação em tempo real e a revolução digital causam impactos nas empresas, e elas precisam se adequar com velocidade às novas tendências e novas demandas dos consumidores.
2- Monetização:
As empresas precisam saber mensurar perdas e os ganhos monetários relacionados com ações ESG. Monetizar essas práticas é um tema cada vez mais relevante no mercado a ponto de alguns especialistas indicarem a necessidade de somar a letra “F”, referente ao financeiro, à sigla ESG. Medir financeiramente é uma forma eficaz de incluir o tema com seriedade no mercado.
3- Asseguração:
As empresas precisam ser cuidadosas ao divulgarem a performance de aspectos ESG com dados robustos de fácil acesso. Para serem ao mesmo tempo transparentes e corretamente interprestadas, o caminho é o relatório de asseguração em ESG, emitido por auditorias independentes para aumentar o grau de confiança dos stakeholders. Contudo, persiste o desafio de padronização dos índices de asseguração.
4- Rastreabilidade:
É a capacidade de atingir transparência nos processos, controlar a cadeia de suprimentos e a origem dos insumos, garantindo qualidade ao cliente final. Garantir a rastreabilidade não é apenas controlar fornecedores, mas proporcionar transparência e qualidade dos produtos.
5- Economia circular:
Tem como objetivo manter os ecossistemas livres de resíduos industriais com produtos e serviços que resultem em resíduos zero. Nesse sentido, eles devem estar integrados a um trajeto circular, saindo da indústria e voltando para ela sem descarte no meio ambiente, minimizando também o uso de materiais novos como insumos.
6- Governança:
As empresas só atingirão resultados em ESG com lideranças comprometidas, éticas e com propósito legítimo. Muitas empresas estão empenhadas em resolver problemas reais do planeta e da sociedade, o que pode ser potencializado com uma boa governança. Os investidores também serão cada vez mais rigorosos e as remunerações dos líderes de negócios podem ser mais influenciadas pela performance das empresas em ESG.
Fonte: exame.com